#egac2016
Programação
11/nov/2016
7:30 - 8:00
Credenciamento
8:00 - 10:00
Minicurso 1
O Evernote em sala de aula
Vladimir Campos (Consultor Certificado Evernote)
10:00 - 10:30
Coffe break
10:30 - 12:00
Minicurso 1 [continuação]
O Evernote em sala de aula
Vladimir Campos (Consultor Certificado Evernote)
14:00 - 16:00
Minicurso 2
Biofeedback: Aplicações em terapêuticas biomédicas e comportamentais
Prof. Me. Ivo Donner - Faculdade Alvorada e Clínica Donner
16:00 - 16:30
Coffe Break
16:30 - 18:00
Minicurso 2 [continuação]
Biofeedback: Aplicações em terapêuticas biomédicas e comportamentais
Prof. Me. Ivo Donner - Faculdade Alvorada e Clínica Donner
18:15 - 19:00
Apresentação cultural
Aguardando confirmação
19:00 - 19:30
Mesa de boas vindas
Representante da Cidade de Jataí
Aguardando confirmação
Diretor da Regional Jataí
Prof. Dr. Alessandro Martins (UFG-Jataí)
Coordenador do Curso de Psicologia da Regional Jataí
Aguardando confirmação
Representante dos Organizadores do Evento
Prof. Dr. André Bravin (UFG-Jataí)
19:30 - 20:30
Conferência 1
Empreendedorismo. Existe espaço para a psicologia?
Psicólogo Bruno Soalheiro - Academia do Psicólogo
20:30 - 21:00
Coffe break
21:00 - 22:00
Conferência 2
O que é e o que pode vir a ser "Tecnologia Comportamental"
Prof. Dr. Márcio Moreira - UniCEUB e Walden4
12/nov/2016
7:30 - 9:30
Palestra 1
Como o conhecimento sobre Comportamento do Consumidor pode favorecer o desenvolvimento tecnológico?
Prof. Dr. Cristiano Coelho - PUC-GO
9:30 - 10:00
Coffe Break
10:00 - 12:00
Palestra 2
Good Behavior Game: Tecnologia comportamental aplicada em ambiente escolar.
Tara Grant - Saint Louis University*
*Teremos tradução.
13:30-15:30
Palestra 3
Análise Comportamental Aplicada. Do esporte ao e-sport
Esp. Alberto Santos - PUC-SP
15:30 - 16:00
Coffe break
16:00 - 18:00
Palestra 4
Tecnologias comportamentais para o tratamento do autismo: do reforço ao Xbox
Prof. Me. Gustavo Tozzi - IBAC e Ninar
18:00 - 18:30
Coffe break
18:30 - 21:30
Sessão coordenada 1: Cases em Análise do Comportamento
O desafio de empreender em um campo inexplorado
Prof. Me. Ivo Donner - Faculdade Alvorada e Clínica Donner
Psicólogo só faz terapia? Diferentes produtos e serviços que um psicólogo pode oferecer
Prof. Dr. Márcio Moreira - UniCEUB e Walden4
A escolha por um foco de atuação clínica: Desafio e perspectivas
Prof. Me. Gustavo Tozzi - IBAC e Ninar
Além da psicologia clínica e cursos de aperfeiçoamento. Empreendedorismo e Psicologia do Esporte
Esp. Alberto Santos - PUC-SP
13/nov/2016
7:30 - 9:30
Sessão Coordenada 2: Alternativas após a graduação
Como é fazer parte de um Laboratório de Análise do Comportamento
Psic. Katrine Silva
O Mestrado na UnB
Me. Rodrigo Oliveira - Colégio Arctempos
A Residência Multiprofissional no HC-UFG
Esp. Lívia Penha - UnB
Abrindo o negócio próprio: consultoria em gestão empresarial
Esp. Maxsuel Rezende - UniRV
9:30 - 10:00
Coffe break
10:00 - 11:30
Palestra 5
O estudo empírico da criatividade utilizando o "Portal"
Prof. Dr. Hernando Neto - PUC-GO
11:30 - 12:00
Mesa de Encerramento
Representante dos Organizadores do Evento
Prof. Dr. André Bravin - UFG-Jataí
Anfitrião da edição 2017
Suspense...
I Ágora Operante
Painéis aprovados para apresentação
O DESIGN DE JOGOS COMO O BEHAVIORISTA O VÊ: UMA OPERACIONALIZAÇÃO
Mateus Rodolpho Peres Farias (UFG Goiânia/LIAC-UFG);
Drª Elisa Tavares Sanábio Heck (UFG Goiânia/ LIAC-UFG).
Ao estudar as relações entre os constructos teóricos do Design de Jogos e os da Análise do Comportamento, é possível identificar várias semelhanças, naturais de qualquer estudo pragmático que busque acessar o funcionamento de organismos humanos. Ao entrar em contato com o “Saber” do Design de Jogos, uma disciplina que desde os anos 1970 se reinventa e se cria para condicionar jogadores das mais variadas formas, é possível elencar uma série de conceitos-chave que oferecem uma nova perspectiva para os psicólogos sobre a maneira com que o humano reage ao seu ambiente. Afinal, o Design de Jogos nada mais é que do que o estudo sistematizado de arranjo de ambientes e relações funcionais virtuais para criar um repertório comportamental do jogador. É útil assinalar, porém, que mesmo com mais de 30 anos de estudo formal da área, o Design de Jogos ainda permanece uma espécie de área híbrida entre arte e ciência – uma Alquimia. Esse painel tem como objetivo apresentar uma proposta inicial de operacionalização do que o Design de Jogos considera como sua arte, isto é, o manejo do comportamento do jogador, a partir dos preceitos filosóficos do Behaviorismo Radical. Para realizar esse feito, uma série de conceitos da área foram elencados como exemplificadores das principais características do referencial teórico do ofício (nominalmente, internalismo, orbitando entre psicodinamismo e visões cognitivistas), tais como “Fluxo” (Flow), “Teoria da Diversão”, “Ritmo” (Pacing) e “Curva de aprendizagem”. Cada conceito será exemplificado com um recorte de um jogo digital e passará pelo escrutínio da análise funcional, para identificar os princípios do comportamento vigentes em suas estruturas. Assim, é esperado que tanto se coloque a Análise do Comportamento em uma nova área teórica, quanto se providencie novos materiais para ampliar os conhecimentos científicos do funcionamento dos organismos. Para além de uma simples testagem da teoria ou de uma introdução lúdica a uma forma de fazer análise funcional, esse trabalho trata de uma forma de divulgação da Análise do Comportamento para uma outra área, que, por uma série de fatores, se apropriou de modo errôneo de muito de seus conhecimentos.
Unitermos: Behaviorismo Radical; Design de Jogos; Jogos Digitais; Análise Funcional.
Área de Concentração 01: Behaviorismo Radical.
Área de Concentração 02: Outros – Design de Jogos.
AS NORMAS JURÍDICAS COMO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE CONTINGÊNCIAS SOCIAIS
Rafael Diniz Costa (UniRV-Rio Verde)
Andréia Kroger-Costa (UniRV-Rio Verde)
A origem da coesão de grupos sociais primitivos gerou a necessidade do estabelecimento de normas para ordenar e controlar as relações sociais. Situação que estabelece uma versão arcaica do que hoje denominamos por ordenamento jurídico (conjunto de regras que visa organizar e controlar as relações entre as partes). Destarte, o ordenamento jurídico pode ser interpretado como uma contingência social composta por um conjunto de codificações acerca de seus procedimentos controladores. Tal interpretação viabiliza analisar o ordenamento jurídico como uma tecnologia de controle social do comportamento humano. Nessa perspectiva, o presente trabalho se propõe a analisar os principais momentos históricos da evolução do ordenamento jurídico (a saber: Direito Antigo, Direito Medieval, Direito Moderno e, Direito PósModerno/Contemporâneo) como uma contingência social normativa. No Direito Antigo as normas eram regidas por crenças religiosas sendo os deuses a fonte do ordenamento social. Assim, as normas/regras descreviam punições divinas caso houvesse ‘desobediência’. O Direito Medieval manteve a influência religiosa adicionando modelos de conduta consuetudinárias. Ou seja, as normas/regras e consequências passam a ser estabelecidas também pelas práticas reiteradas de uma determinada ação, sendo estas constituídas como apropriadas ou não pelos senhores feudais. Com o desenvolvimento e estabelecimento da escrita surgem os primeiros códigos de ordenamento jurídico. Portanto, tem-se um esboço primitivo do estabelecimento de leis às quais apresentavam como funções principais: a) liminar certas inclinações comuns e; b) canaliza e dirigir os instintos humanos impondo uma conduta humana obrigatória e não espontânea. Tais funções são características do direito moderno no qual as normas/regras de conduta e suas consequências eram estabelecidas pelos monarcas. A estruturação da lei como parte nuclear do controle social ainda se faz presente nos moldes do ordenamento jurídico atual, também designado por direito pós-moderno ou contemporâneo. Neste, há um refinamento do ordenamento jurídico com a introdução de processos e jurisprudências em adição à multiplicidade de leis. Há também uma ampliação do campo de atuação do direito que deixa de ser estritamente criminal e civil, passando a atender demandas contemporâneas como: social, ambiental, comercial, etc. Nesse contexto, o estabelecimento de regras e consequências é realizado pelo legislador constituído pelos cidadãos. Adicionalmente, tais contingências passam a envolver critérios de proteção e instrução para além dos processos punitivos presentes desde o Direito Antigo. Esta interpretação conceitual do ordenamento jurídico à luz da ciência do comportamento viabiliza uma análise pragmática das variáveis de controle que efetivamente determinam a obediência social às leis.
Unitermos: Normatização de Conduta Social; Leis; Ciência do Comportamento; Comportamento Governado por Regras.
Área de Concentração 01: Behaviorismo Radical.
Área de Concentração 02: Psicologia Jurídica, Forense e Criminal.
MONITORIA EM ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Thayná de Assis Lima (UFG-Jataí)
André Amaral Bravin (UFG-Jataí)
Este trabalho se baseia no relato de experiência das atividades de monitoria acadêmica realizada na disciplina de Análise Experimental do Comportamento. O programa de monitoria foi aplicado na matéria Análise Experimental do Comportamento (AEC), tendo como pré-requisito a matéria Epistemologia e sistemas em psicologia: Abordagem comportamental. A Análise Experimental do Comportamento é uma subárea encarregada de conduzir a produção e validação de dados empíricos em uma ciência autônoma do comportamento. Parte do laboratório com recursos técnicos e tecnológicos, sua investigação é minuciosa, inicia-se pelas porções menores ou mais simples para avançar até o todo, a porção mais complexa. Contando como uma matéria de maior complexidade, é oferecido a bolsa remunerada para um monitor, que tem como algumas atribuições: auxiliar os estudantes que apresentam baixo rendimento na aprendizagem da disciplina, desenvolver o plano de trabalho elaborado pelo orientador, cumprir a carga horária semanal de 12 horas; auxiliar o professor nas tarefas didático-científicas, na preparação de aulas e trabalhos e no processo de verificação de aprendizagem. A atividade de monitoria foi colocada em prática durante o primeiro semestre do ano de 2016, destinada aos alunos do terceiro período do curso de Psicologia, com 31 alunos no total. As atividades do monitor eram realizadas com a supervisão do professor orientador.
Unitermos: Análise Experimental do Comportamento; Monitoria; Relato de Experiência.
Área de Concentração 01: Formação em Psicologia e Análise do Comportamento.
Área de Concentração 02: Análise Experimental do Comportamento.
A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DO PROJETO DE EXTENSÃO SEXTA-BÁSICA.
Carolina Magalhães Cazarotto (UFG-Jataí)
André Amaral Bravin (UFG-Jataí).
O presente projeto de comunicação e divulgação científica visa apresentar a produção de conhecimento realizados pelo Laboratório de Processos Psicológicos Básicos, bem como agregar conhecimento e práticas de outras pesquisas (básicas ou aplicadas) no campo das ciências do comportamento, realizados no Brasil e exterior. A divulgação de pesquisas é uma forma de favorecer discussões teóricas e técnicas em nível de excelência, prover formação continuada, e ampliar o conhecimento para além do que é visto nas disciplinas da graduação. Os objetivos são divulgar e difundir o curso de Psicologia junto à comunidade Jataiense e comunidade interna da UFG; Divulgar e difundir o Laboratório de Processos Psicológicos Básicos (LPPB) junto à comunidade Jataiense e comunidade interna da UFG; Divulgar e difundir o conhecimento produzido no LPPB; Viabilizar contexto para desenvolvimento de repertórios acadêmicos; Incorporar ao LPPB conhecimentos e práticas advindo de outros pesquisadores e laboratórios do Brasil e exterior; Agregar valor acadêmico e científico ao LPPB. Foram realizados palestras e minicursos mensais na Universidade Federal de Goiás, com temas previamente escolhidos. Os temas foram abordados por professores e pesquisadores do curso de psicologia da UFG-Jataí, de outros cursos da UFG, ou de outras Instituições de Ensino Superior (IES) nacionalmente reconhecidas. A tônica das preleções privilegiou falas que abordaram pesquisas básicas em ciências do comportamento. Essas tiveram o mínimo de uma hora de duração, e o máximo de quatro horas. De oito propostas planejadas, quatro foram executadas (50% do previsto), duas palestras e dois minicursos. O tempo total das atividades foi de 13 horas. Os dados demonstram que aproximadamente 170 pessoas da comunidade Jataiense, principalmente alunos da UFG-Jataí, participaram dos eventos produzidos pelo projeto de extensão Sexta-Básica. Público para além dos estudantes de psicologia e de estudantes da UFG foi atingido, e a satisfação geral com a atividade foi grande. Isso permite concluir que foi criado um novo canal de comunicação que favoreceu a divulgação e comunicação científica, incorporando conhecimentos e práticas de outros profissionais ao do próprio laboratório. Atingiu-se o objetivo de favorecer discussões teóricas e técnicas em nível de excelência, prover formação continuada, e ampliar o conhecimento para além do que é visto nas disciplinas da graduação. Todavia, a diminuição progressiva na taxa de conversão de estudantes de psicologia levanta questionamento sobre as variáveis de controle dessa gradual diminuição. Unitermos: Processos Psicológicos Básicos; Psicologia Experimental; Análise Experimental do Comportamento; Pesquisa Básica. Área de concentração 01: Formação em Psicologia e Análise do Comportamento. Área de Concentração 02: Análise Experimental do Comportamento.
CONSEQUENCIANDO O COMPORTAMENTO DE LEMBRAR
André Carvalho Lindemam (PUC-Goiás)
Júlio Cesar Abdala Filho (PUC-Goiás)
Gleidson Gabriel da Cruz (PUC-Goiás)
Wivinny Ferreira Lima (PUC-Goiás)
Leonardo Murilo Leão (PUC-Goiás)
Cristiano Coelho (PUC-Goiás)
Na análise do comportamento ocorre a substituição de substantivos, como memória, por verbos, como lembrar. Assim, a memória passa a ser estudada como comportamento de lembrar e torna-se importante identificar como as variáveis antecedentes e consequentes afetam sua probabilidade de emissão. Como forma de contribuir para essa identificação, o objetivo desse trabalho foi comparar diferentes formas de consequenciação (reforço positivo, reforço negativo e a combinação de ambos) sobre o comportamento de lembrar. Participaram 40 universitários, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 30 anos. Foram utilizados 24 desenhos com baixa nomeabilidade apresentados em um iPad e impressos. Os desenhos foram separados em quatro conjuntos com seis estímulos e os experimentadores criaram uma sequência para cada conjunto. Os participantes foram divididos em quatro grupos: extinção (Ext), reforço positivo (S+), reforço negativo (S-) e reforço positivo e negativo combinados (S+S-). Os participantes receberam uma instrução inicial e os grupos com reforço receberam instruções adicionais sobre o ganho e/ou perda de pontos. A tarefa consistiu de observar cada uma das quatro sequências por cinco segundos; após esse período o experimentador entregava os desenhos e o participante tinha até 1m:30s para colocá-los em ordem. Para a análise dos dados utilizou-se o teste Mann-Whitney U. Os participantes dos grupos reforço positivo e reforço negativo apresentaram um total de 49 e 48 acertos, respectivamente, sem diferenças estatisticamente significativas. Já os participantes dos grupos EXT e S+S- tiveram ambos 34 acertos, também sem diferenças significativas. De acordo com o teste estatístico Mann-Whitney U, obteve-se uma diferença significativa nas comparações dos grupos S+ e EXT (p = 0,035), e dos grupos S- e EXT (p = 0,043). No presente estudo o comportamento de lembrar com esses dois procedimentos de consequenciação apresentou maior probabilidade de acertos, indicando que essas formas de consequenciação poderem favorecer a probabilidade do lembrar, quando comparadas com condições sem consequências programadas para essa resposta. Novos estudos, com maior número de tentativas para cada conjunto são sugeridos, para verificar a amplitude desses resultados.
Unitermos: Consequência; Lembrar; Reforço Positivo; Reforço Negativo.
Área de concentração 01: Análise Experimental do Comportamento.
Área de concentração 02: História de Reforçamento.
EFEITO DE PUNIÇÃO SOBRE MANUTENÇÃO DE SUPERSTIÇÃO TOPOGRÁFICA
Wivinny Ferreira Lima (PUC-Goiás)
Júlio Cesar Abdala Filho (PUC-Goiás)
Lorismário Ernesto Simonassi (PUC-Goiás)
Diogo de Paula Sousa (PUC-Goiás)
Leticia Nunes de Paula (PUC-Goiás)
Amanda da Silveira Franco (PUC-Goiás)
O comportamento supersticioso é uma classe de comportamento operante e pode se desenvolver sob outras contingências além de esquemas de reforços independentes de respostas. O objetivo do presente estudo é observar se é possível que uma pessoa adquira em seu repertorio comportamental uma cadeia com um elo sem função e se a perda de pontos como consequência desse elo, torna menos provável o seguimento dessa instrução. O participante era exposto a uma tarefa onde ele era instruído que ele devia tocar em uma figura, em um círculo rosa e em seguida uma palavra que correspondesse à figura tocada anteriormente. Todavia o toque no círculo não era necessário, assim o participante poderia, ao fim do experimento, continuar a seguir as instruções ou fica sobre controle das contingências. No experimento foram analisados os dados dos participantes que apresentaram o primeiro acerto “conforme a instrução”, foi considerado um acerto “conforme a instrução” quando o participante tocava no círculo durante a cadeia. Caso o participante fizesse um acerto sem tocar no círculo durante a cadeia, era considerado um acerto “conforme a contingência”. No grupo SD os participantes que ficaram sob controle da instrução até o fim do experimento foram os participantes 11 e 14. O participante 11 respondeu apenas uma vez de forma incompatível com a instrução no acerto 19, enquanto o participante 14 seguiu a instrução do início ao fim. Quanto ao participante 2, as suas quatro ultimas respostas ficaram sobre controle das contingências. No grupo S∆ todos participantes ficaram sob controle da instrução até o fim do experimento. O participante 5 respondeu três vezes de forma incompatível com a instrução e o participante 9 respondeu apenas uma vez de forma incompatível com a instrução, enquanto os participantes 1, 3, 8 seguiram a instrução do início ao fim. Os dados do Grupo S∆ mostraram que com o uso de regras discrepantes é possível fazer com que o sujeito instruído emita cadeias comportamentais com respostas desnecessárias para o ganho de pontos. Porém o experimento não conseguiu comprovar a relação funcional entre a variável manipulada (consequência do elo sem função) e a variável medida (controle da instrução/contingências). Mas eles indicam que talvez um valor maior da variável manipulada fosse suficiente para a refutação da hipótese nula.
Palavras-chave: Regras Discrepantes; Superstição; Punição; Controle Instrucional; Superstição Topográfica.
Áreas de Concentração 01: Analise Experimental do Comportamento.
Áreas de Concentração 02: Comportamento Supersticioso.
SUPERSTIÇÃO DISCRIMINATIVA: ANÁLISE DE VARIÁVEIS CONTROLADORAS
Júlio Cesar Abdala Filho (PUC-Goiás)
Wivinny Ferreira Lima (PUC-Goiás)
Lorismário Ernesto Simonassi (PUC-Goiás)
Diogo de Paula Sousa (PUC-Goiás)
André Carvalho Lindemam (PUC-Goiás)
Leonardo Murilo Leão (PUC-Goiás)
Amanda da Silveira Franco (PUC-Goiás)
De acordo com Ono (1994), a superstição sensorial é desenvolvida sob contingencias nas quais a apresentação de um estimulo reforçador não depende da presença do estimulo antecedente. Os objetivos do presente experimento são: verificar se o controle instrucional, e se a exposição direta as contingencias ou as propriedades dos estímulos (cor) engendram e mantém comportamentos supersticiosos. Participaram do experimento 16 universitários, que foram divididos em quatro grupos: Grupo 1 - Com Instrução/Correspondente, Grupo 2 - Sem Instrução/Correspondente, Grupo 3 - Com Instrução/Não Correspondente e Grupo 4 - Sem Instrução/Não Correspondente. Nos grupos de exposição, Grupo 2 e 4, o participante não recebia nenhuma instrução, ao contrário dos Grupos Instrução, Grupo 1 e 3, que recebiam as instruções por meio de texto, áudio e também deveriam transcrever a instrução e durante todo o experimento as instruções ficavam disponíveis no canto superior esquerdo. Na tarefa eram apresentados dois operandos, um quadrado azul e um círculo vermelho, ambos em um esquema de razão fixa 3 (FR3). Na parte superior havia uma lâmpada que alternava a cor aleatoriamente após cada liberação de reforço, nos grupos correspondentes, Grupo 1 e Grupo 2, a probabilidade da lâmpada apresentar-se de cor azul ou vermelha foi de 50%, assim como de se apresentar de cor preta ou branca nos grupos não correspondentes, Grupo 3 e Grupo 4. Nos Grupos 1 e 3, todos os participantes ficaram sob controle da instrução (superstição) e apresentaram comportamentos supersticiosos. No Grupo 2, dois de quatro participantes, Pp7 e Pp8, passaram a emitir comportamentos supersticiosos. E no grupo 4, nenhum dos participantes emitiu um padrão de comportamento supersticioso. Comparando o Grupo 1 e Grupo 3, ambos apresentaram comportamentos supersticiosos, portanto, houve aquisição do comportamento por meio de controle instrucional e este foi mantido pela liberação dos reforçadores. No Grupo 2, os participantes 7 e 8 desenvolveram comportamentos supersticiosos mesmo sem instruções, portanto observa-se que essa superstição pode ser desenvolvida pela correspondência nas propriedades dos estímulos (cor) e mantida pela liberação dos reforçadores. No Grupo 4, não ocorreram comportamentos supersticiosos, uma vez que, a instrução e a correspondência nas propriedades dos estímulos (cor) não estavam presentes, no entanto o comportamento de tocar os operandos não correspondentes ocorreu e provavelmente foi mantido pela exposição direta as contingencias.
Unitermos: Superstição Discriminativa; Superstição; Controle Instrucional; Comportamento Supersticioso.
Áreas de Concentração 01: Analise Experimental do Comportamento.
Áreas de Concentração 02: Comportamento Supersticioso.
AS VARIÁVEIS CONTROLADORAS DO COMPORTAMENTO SUBSEQUENTE AO SEGUIMENTO OU NÃO DE REGRAS
Paula Teixeira Andrade Sousa (PUC-Goiás)
Lorismario Ernesto Simonassi (PUC-Goiás)
Introdução: Regras são estímulos verbais antecedentes que podem descrever contingências. O comportamento controlado por regras deve ser levado em consideração ao contexto em que ocorrem estímulos antecedentes, respostas e seus consequentes. Objetivo: Observar as variáveis que irão controlar um determinado comportamento, por meio de como um indivíduo foi reforçado em sua história de vida e também pelas regras apresentadas socialmente. Método: Os experimentos 1 e 2, foram realizados com um total de 8 participantes. Dois operandos, um quadrado vermelho e um círculo azul, foram apresentados durante as fases em ambos os experimentos, iniciando com a linha de base (Lb). Na Fase 1 foi manipulado a densidade de reforço correspondente a 1,0 para o quadrado e 0,1 para o círculo. Posterior a Lb2, na Fase 2 foi introduzido a regra “Não toque neste quadrado vermelho”, porém, no experimento 2, a magnitude do reforçador na tentativa correspondente ao toque no quadrado vermelho foi de 3 pontos, enquanto no Experimento 1, era de 1 ponto. Para os participantes que não seguiram a regra, posterior a Lb3, na Fase 3 foi aplicado a extinção no quadrado vermelho. Resultados: Os dados apresentados mostram que os participantes Pp1, Pp2, Pp3, Pp4 do experimento 1, e o Pp1, Pp2 e Pp4 do experimento 2 obtiveram a construção da história de preferência pelo operando quadrado vermelho na Fase 1. Na Fase 2 do Experimento 1, o Pp4 e Pp2 não seguiram a regra, o Pp1 seguiu parcialmente a regra, e o Pp3 foi controlado pela regra. Já no Experimento 2, o Pp1, Pp3, e Pp4 não seguiram a regra; o Pp2 foi controlado pela regra. Na Fase 3, foi possível observar a extinção no Pp1, Pp2, e Pp4 do experimento 1; Pp3 do experimento 2. Contudo, tanto no Pp1 quanto no Pp4 do Experimento 2 não foi observado o comportamento de extinção. Apenas o Pp3 do experimento 1 e o Pp2 do experimento 2 ficaram sob o controle total da regra. Conclusão: A construção da história de preferência nos participantes por meio da densidade de reforçador foi observada na Fase 1 de ambos experimentos. Pode-se inferir que essa história de preferencia seja o fator determinante na quebra da regra. A manipulação da magnitude do reforçador levou ao comportamento de não seguir regras, principalmente na Fase 2 do Experimento 2. O histórico de preferência junto a magnitude do reforçador influenciou o comportamento de extinção, como observado na Fase 3.
Unitermos: Regras; Comportamento; Reforço.
Área de Concentração 01: Análise Experimental do Comportamento
Área de Concentração 02: Comportamento Verbal, Regras e Auto-Regras.
ESTUDO SOBRE A CONSEQUENCIAÇÃO E SEGUIMENTO DE REGRAS
Leonardo Murilo Leão (PUC-Goiás)
Marina Rúbia M. Lobo de Carvalho (PUC-Goiás)
Lorismario Ernesto Simonassi (PUC-Goiás)
Paula Teixeira Andrade Sousa (PUC-Goiás)
Ítalo Rodrigues de Freitas Mendes (PUC-Goiás)
INTRODUÇÃO: Regras são estímulos discriminativos que especificam contingências parciais ou completas que controlam a probabilidade de uma resposta subsequente. O comportamento controlado por regras é um comportamento operante, desta forma, é necessário entender a chamada tríplice contingência a qual permite verificar em que circunstância ocorre e quais as suas consequências mantenedoras. OBJETIVO: O objetivo do presente experimento foi investigar, em situações concorrentes, se o controle comportamental é exercido pelas regras apresentadas ou pela consequenciação (punição e reforço).MÉTODO: Participaram quatro estudantes universitários da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, sem experiência com a tarefa experimental, de ambos os sexos e idades entre 18 e 35 anos. Nas linhas de base, sendo todas elas idênticas, que intercalavam as condições do experimento, havia uma situação de escolha entre dois operandos, um círculo azul e um quadrado vermelho. Na condição I foi feita manipulação da densidade de reforço diferente para os dois operandos, que era de 1 para o quadrado vermelho e de 0,1 para o círculo azul, Na condição II, as densidades de reforço eram as mesmas da condição I, mas foram inseridas as regra “NÃO TOQUE NESTE QUADRADO VERMELHO” e “TOQUE NESTE CÍRCULO AZUL”. Na condição III foi acrescentada a punição (perda de pontos) contingente ao toque no operando quadrado vermelho e no operando círculo azul a densidade de reforço 1, e as regras “TOQUE NESTE QUADRADO VERMELHO” e “NÃO TOQUE NESTE CÍRCULO AZUL”. RESULTADOS: Na Condição 1 e 2 a houve maior frequência de respostas, no operando quadrado vermelho, enquanto na Condição 3 houve maior frequência de respostas no círculo azul. Assim nas três condições os participantes demonstraram maior frequência de repostas conforme a consequenciação manipulada. DISCUSSÃO: Na Condição I, todos os participantes ficaram sob o controle do reforçador. Na Condição II, todos os quatro participantes ficaram sob o controle consequencial, concentrando suas respostas no operando vermelho. Na Condição III, todos os participantes preferiram distribuir suas respostas no círculo azul, ficando sob o controle consequencial tanto do reforço (p=1 azul) quanto da punição, já que para se evitar a perda de pontos no vermelho, o participante tinha que escolher responder no operando azul, apesar da regra “Não toque neste círculo azul”. Assim, os participantes respondiam evitando o contato com o estímulo aversivo. As regras apresentadas nesta condição (“Toque neste quadrado vermelho” e “Não toque neste círculo azul”) não foram suficientes para controlar o comportamento.
Unitermos: Regras; Comportamento; Reforço; Punição.
Área de Concentração 01: Análise Experimental do Comportamento
Área de Concentração 02: Comportamento Verbal, Regras e AutoRegras.
EFEITO STROOP: UTILIZANDO DE REFORÇADORES POSITIVOS E NEGATIVOS PARA ENSINAR OPERANTES DISCRIMINADOS
Wivinny Ferreira Lima (PUC-Goiás)
Gleidson Gabriel da Cruz (PUC-Goiás)
Diogo de Paula Sousa (PUC-Goiás)
Leonardo Murilo Leão (PUC-Goiás)
André Carvalho Lindemam (PUC-Goiás)
Amanda da Silveira Franco (PUC-Goiás)
Renato Vinicius de Oliveira (PUC-Goiás)
Amanda Viana do Santos (PUC-Goiás)
Cristiano Coelho (PUC-Goiás)
Stroop (1935) tenta explicar o comportamento de atenção apresentando estímulos congruentes e incongruentes para medir o tempo de reação. Stroop não estava interessado em explicar a escolha de um estímulo pela consequência, mas em que momento um estímulo passaria a interferir na escolha de outro estímulo. A busca da compreensão dos efeitos das consequências, própria da concepção skineriana, pode, porém, fornecer dados relevantes sobre os controles de estímulos estabelecidos no conhecido efeito Stroop. Visando analisar essa proposta, o objetivo do presente trabalho foi verificar em uma tarefa de discriminação condicional baseada no modelo Stroop, com estímulos compostos de comparação, se o participante aprenderia a selecionar uma propriedade do estímulo (cor ou significado da palavra) mais rápido, quando o comportamento de seleção consequenciado com S+ ou S-, em diferentes condições. Os participantes foram três estudantes universitários da PUC-GO de ambos os sexos, com idades entre 18 e 35 anos. Na tela do computador era apresentado o estímulo modelo e 6 comparações, o participante deveria selecionar um estimulo de comparação. Durante o experimento, os participantes foram expostos a cinco condições diferentes: Linha de Base, treino com S+, Teste 1, Treino com S- e Teste 2; para controlar o efeito de ordem as condições foram apresentadas em quatro ordens diferentes. Na condição de reforço positivo o participante ganhava pontos ao acertar, na condição de reforço negativo ele perdia ao errar, a linha de base e testes eram feitos em extinção. Os resultados condição de S+, P2 e P3 obtiveram (31) e (24) acertos no treino, no teste 38 e 37; P1, não obteve acertos no treino com S+ e comutou um acerto no teste. Os resultados na condição de S-, P2 e P3 obtiveram (13) e (0) acertos no treino, no teste 19 e 0; P1, nos treinos com S- acertou (26) e no teste (33). Conclui-se que treinos discriminativos, consequência (s+) podem aumentar a seleção de estímulo correto em um tempo menor, comparado aos resultados sugerido por Stroop, em que o participante levava mais tempo para nomear cores com fundo incongruente.
Unitermos: Stroop; Reforço Positivo; Reforço negativo; Consequência.
Áreas de Concentração 01: Analise Experimental do Comportamento.
Áreas de Concentração 02: História de Reforçamento
REFORÇO POSITIVO E NEGATIVO NA APRENDIZAGEM DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS COM CRIANÇAS
Amanda Viana dos Santos (PUC-Goiás)
Gleidson Gabriel da Cruz (PUC-Goiás)
Cristiano Coelho (PUC-Goiás)
Júlio César Abdala Filho (PUC-Goiás)
Renato Vinícius de Oliveira (PUC-Goiás)
Wivinny Ferreira Lima (PUC-Goiás)
André Carvalho Lindemam (PUC-Goiás)
O objetivo do trabalho foi comparar o efeito de três condições de apresentação de reforço sobre a aprendizagem de relações arbitrárias e a emergência de relações não testadas diretament, a partir de um procedimento de discriminação condicional. Foram utilizadas três condições de consequenciação: S+, S- e S+S-. Vídeos foram os reforçadores, e tiveram sua nitidez alterada conforme a condição: com S+ os vídeos melhoravam a nitidez quando o participante selecionava a resposta correta; com S- o vídeo era apresentado com menos nitidez para o acerto subsequente a um erro; com S+S- o vídeo melhorava a nitidez após acertos, e perdia a nitidez após erros. As tarefas consistiam de escolha de acordo com o modelo, com os estímulos Símbolo chinês (A), palavra escrita em inglês (B) e imagem (C). Participaram 23 crianças com idades entre seis e oito anos (12 de escola pública e 11 de escola privada) que foram expostas a todas as condições de consequenciação, em que foram treinadas relações AB e AC e testadas as demais relações com um de três conjuntos de estímulos (animais, números e estados). No treino, a maioria dos participantes obteve o critério de aprendizagem em todas as condições apresentadas. Nos testes BA, CA e CB observou-se maior número de acertos após diferentes condições para diferentes participantes, assim como no follow-up. Os resultados de treino demonstraram que dos 23 participantes, seis obtiveram um número menor de tentativas no treino AB e nove no treino AC da condição 1, com S+; nove participantes obtiveram menor números de tentativas no treino AB e 11 obtiveram um número menor de tentativas no treino AC na condição 2 com S-; nove participantes foram melhores no treino AB e cinco no treino AC na condição 3, S+S-. Nos treinos os dados encontrados vão de encontro aos resultados encontrados por Brackbill e O’Hara (1958) e Warden e Aylesworth (1927), que relacionaram os melhores desempenhos nas atividades experimentais ao reforço, quando apresentado as respostas corretas e punição as respostas de erro. Na presente pesquisa, nove participantes foram melhores quando foram ensinados a atividade de treino com S- e nove tiveram desempenhos melhores quando foram ensinados nos treinos AB com S+S-. Nos testes, a emergência de relações após cada um dos treinos foi semelhante, com maior porcentagem média de acertos no teste CA. Os resultados sugerem a necessidade de novas pesquisas, alterando a apresentação dos vídeos e com diferentes participantes.
Unitermos: Reforço Positivo; Controle Aversivo; Crianças; Relações de Equivalência.
Área de Concentração 01: Análise Experimental do Comportamento.
Área de Concentração 02: Controle de Estímulos e Equivalência de Estímulos.
TECNOLOGIA MÓVEL E PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO INFANTIL: O USO DE APLICATIVO NA TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES
Diego da Silva Lima (UFG-Jataí)
Keyla Cristina Teixeira dos Santos (UFG-Jataí)
Marcos Alves dos Santos (UFG-Jataí)
Anna Lídia Garcia (UFG-Jataí)
André Amaral Bravin (UFG-Jataí)
Hernando Neves Filho (PUC-Goiás)
Lauro Guimarães Nalini (PUC-Goiás)
Raphael Moura Cardoso (PUC-Goiás)
Os dispositivos de computação móvel (tablets e smartphones) estão presentes no cotidiano de boa parte das crianças em idade pré-escolar. Esses dispositivos possuem dimensões reduzidas e são operados através de gestos facilmente aprendidos por crianças, sugerindo um grande potencial para o desenvolvimento de tecnologias educacionais para esse público. Entretanto, um conjunto de pesquisas em desenvolvimento infantil têm demonstrado que crianças na faixa etária dos 1 a 3 anos apresentam dificuldades em transferir conteúdos e ações aprendidos através de uma tela de dispositivo para outras situações em sua vida. Poucos estudos têm utilizado tablets e smartphones - as plataformas geralmente utilizadas por crianças em seu cotidiano - para investigar a transferência de aprendizagem. Existem hoje ferramentas que simplificam o desenvolvimento de aplicações interativas, como a plataforma LibGDX. Essas ferramentas permitem portar tarefas experimentais para dispositivos de computação móvel em um curto período de tempo. O presente trabalho tem por objetivo desenvolver e testar a versão virtual de uma tarefa de compreensão de causalidade, a Marble Task, e investigar de forma preliminar a transferência de aprendizagem em crianças de 4 anos. Para teste do aplicativo, foram recrutadas crianças de uma escola infantil do município de Jataí-GO com idade de 4 anos (n=5). Todas as crianças foram expostas primeiro ao modelo físico-tridimensional da tarefa, e depois à versão virtual-bidimensional no tablet. No teste do aplicativo, foi verificado que do grupo de crianças que resolveram a tarefa sem o modelo adulto, apenas uma conseguiu resolver a tarefa, acertando 90% das tentativas. As 2 outras crianças desse grupo não conseguiram resolver nenhuma tentativa. Do grupo de crianças que resolveram a tarefa com o modelo, todas conseguiram resolver a tarefa, uma com taxa de acerto de 80%, e outra de 90%. O presente trabalho demonstra a viabilidade de se desenvolver, em um curto período de tempo, um aplicativo específico para responder uma pergunta de pesquisa em desenvolvimento infantil. O fato de que todas as crianças que resolveram a tarefa terem apresentado alta taxa de acerto sugere que o tablet é um meio viável para se apresentar tarefas experimentais a crianças.
Unitermos: Tecnologia móvel, aprendizagem social, desenvolvimento infantil.
Área de Concentração 01: Métodos de pesquisa e instrumentação;
Área de Concentração 02: Psicologia cognitiva.
IMPLICAÇÕES DAS NOÇÕES DE REFORÇO NATURAL E ARBITRÁRIO PARA INTERVENÇÕES CLÍNICAS
Cristiano Coelho (PUC-Goiás)
Maíra Ribeiro Magri (PUC-Goiás)
Horrana Alves Pinheiro (PUC-Goiás)
Marcos Matias da Silva (PUCGoiás)
Janiel Dhiogenis Martins Felix (PUC-Goiás)
Como não há um consenso na literatura sobre reforçadores automáticos, naturais e arbitrários, Dorigon e Andrey (2015) realizaram um estudo com o objetivo de analisar e sistematizar posições de alguns autores sobre a classificação dos reforçadores quanto às condições de produção e sugerir uma nova proposta de sistematização e classificação desses reforçadores. Nessa proposta, reforçadores naturais estabelecem uma relação regular com a resposta, mas não mecânica, podendo ou não ser intermediada por indivíduos desde que eles não tenham arranjado a contingência; e reforçadores arbitrários ou construídos dependem da participação ou mediação do agente externo. Considerando-se a importância de focar nos procedimentos de consequenciação e, visto o reforço estar presente nas intervenções clínico-comportamentais, como Treino de Habilidades Sociais (THS) e Psicoterapia AnalíticaFuncional (FAP), tanto para aumentar a frequência de um comportamento como na instalação de um novo repertório, a importância das classificações se vincula diretamente às possíveis diferenças derivadas da utilização de técnicas que se baseiam em diferentes relações de disponibilização dos reforçadores. Assim, o objetivo do presente trabalho é partir da noção de reforçadores automáticos, naturais e arbitrários para propor descrições de reforço (ou reforçamento) arbitrário ou natural, focando na relação entre a resposta e suas consequências em intervenções clínicas e suas implicações para o estabelecimento de repertórios e possibilidade de generalização. Para tanto, são analisados o reforço no THS e FAP, com relação às contingências programadas no setting terapêutico e suas repercussões para generalização do comportamento. De forma geral, a estruturação do THS envolve prioritariamente reforços arbitrários, contingentes à realização da tarefa proposta, e a FAP fornece o contexto para que o reforço do comportamento do cliente ocorra de forma mais semelhante ao reforço liberado em situações sociais fora da sessão, sendo possível utilizar de reforço natural e evitar o uso de reforço arbitrário, podendo contribuir para maior nível de generalização.
Unitermos: Reforço Natural; Reforço Arbitrário; FAP; THS.
Área de Concentração 1: Análise Conceitual.
Área de Concentração 2: Análise Comportamental Aplicada.
FOBIA ALIMENTAR: DESCRIÇÃO DE CASO CLÍNICO INFANTIL
Mônica Ferreira Silva (FHO-Uniararas)
Natália América Machado Figueredo (FHO-Uniararas)
O presente resumo refere-se à descrição de um caso clínico realizado sob enfoque da análise do comportamento. Trata-se de um atendimento psicoterápico infantil, de uma criança de 10 anos do sexo feminino, apresentando quadro sintomático de medo diante das refeições. De acordo com os manuais clínicos (CID-10), fobias específicas usualmente aparecem ainda na infância e podem permanecer ao longo da vida da pessoa, causando prejuízos significativos em vários âmbitos, como problemas físicos e sociais. Para esta apresentação, o comportamento em análise foi o medo excessivo frente às refeições (fagofobia). Já na primeira sessão, a cliente apresentou reações emocionais e fisiológicas intensas ao falar sobre o assunto, o que evidenciou a necessidade do acompanhamento psicoterápico. O objetivo principal do atendimento foi aumentar o repertório alimentar, a fim de evitar sérios danos à saúde da criança, uma vez que ao procurar pela psicoterapia, a mãe relatou que já fazia 20 dias que a criança não se alimentava adequadamente. Durante as sessões foram utilizadas estratégias lúdicas, promovendo relaxamento e aumento do repertorio verbal, além do desenvolvimento de um cardápio para que gradualmente a cliente voltasse a se alimentar de forma saudável e apropriada. Em uma das sessões, a mãe contou que sofria de disfagia, dificuldade para engolir alimentos, líquidos ou saliva em qualquer etapa do trajeto da boca ao estômago. Por essa razão, a orientação com a mãe passou a ser tão frequente quanto às sessões com a criança, visto que uma hipótese bastante coerente era de que a criança havia aprendido a ter medo de comer/engolir em função de uma situação específica em que engasgou aos três anos de idade, mas também em razão do medo excessivo da família, especialmente da mãe, que se assustava e se desesperava cada vez que a criança manifestava qualquer comportamento que indicasse um possível engasgamento. Após três meses de psicoterapia, a cliente avançou o “nível” do cardápio sugerido, começando a se alimentar com alimentos mais sólidos e consistentes, além disso, diminuiu os comportamentos de ansiedade quando abordado o assunto na sessão, conseguindo conversar sobre seu medo. A dificuldade da mãe para aderir ao tratamento e entender a importância da psicoterapia na melhora da filha, impediram que outros resultados fossem alcançados. A mãe abandonou o tratamento, alegando problemas com horário e assinou um termo de consentimento, afirmando estar ciente de que era de sua responsabilidade dar continuidade ao processo.
Unitermos: Fagofobia; Análise do Comportamento; Psicoterapia Infantil.
Área de Concentração 01: Análise Comportamental Aplicada
Área de Concentração 02: Psicologia Clínica
RESENHA “ANÁLISE DE CARGO, RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: MANUAL PRÁTICO PARA AUMENTAR A EFICÁCIA NA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS”
Jéssika Marcolino Silva (UFG-Jataí)
André Amaral Bravin(UFG-Jataí)
Autores brasileiros, analistas do comportamento, vêm desenvolvendo a área de Psicologia Organizacional e do Trabalho, entre eles, o Prof. Dr. Helder Lima Gusso, com a publicação do livro Análise de Cargo, Recrutamento e Seleção, manual didático voltado para qualificar pessoas incluídas no desenvolvimento dessas funções. Sua escrita baseou-se na observação comportamental de ações necessárias para a realização de processos de seleções. A obra se organiza baseada em três processos sequenciais de atividades do psicólogo organizacional: análise de cargo, recrutamento e seleção. Cada um desses processos/capítulos é decomposto em 10 etapas menores, sequenciais e interdependentes. A ênfase do texto está na primeira parte, considerada pré-requisito importante do processo, e um dos méritos do texto é dar importância ao detalhamento deste ponto que têm sido negligenciado pelos profissionais da área. Ao longo de todas as três sessões do livro, o leitor se depara com conteúdo deliberadamente escolhido para tentar instalar o repertório (as ações necessárias/comportamento/etapas dos processos) no leitor/analista interessado. Dentre esses conteúdos, existe instrução formal (e.g., questões para verificação de aprendizagem; exercícios de fixação), ensaio comportamental (e.g., tarefas idênticas às que o analista fará em situação natural como criação de protocolos) e modelação (e.g., modelos de questionários, registros de dados e documentos). O leitor deve compreender que não se trata de uma obra destinada a discussão teórica exaustiva sobre os temas propostos, o livro auxilia o leitor/analista interessado, em uma melhor compreensão da prática favorecendo o conhecimento das habilidades e competências necessárias para a execução de uma boa prática profissional. Nesse sentido, a construção do livro toma como preceito que cada uma de suas sessões são classes de respostas (“analisar cargo”; “recrutar” e “selecionar”), didaticamente organizada em 10 comportamentos encadeados, cujas consequências são os resultados esperados para cada um desses processos (i.e., a descrição do cargo, os candidatos da seleção, a ocupação da vaga). O livro apresenta uma estrutura didática inspirada na Instrução Programada de Ensino (PSI), ou seja, as características de uma boa prática, fazendo a leitura ser ativa e pedagógica. Compreendemos que a obra é uma boa adição ao arsenal bibliográfico do psicólogo no Brasil. A sagacidade em tratar o tema tomando como alicerce a análise do comportamento do analista de RH e, a partir daí, realizar análises funcionais dos repertórios que deveriam ser emitidos para a execução de uma boa prática, é o principal diferencial na abordagem deste manual comparativamente aos outros da área.
Unitermos: OBM; Análise de Cargo; Recrutamento; Seleção.
Área de Concentração 01: Análise Comportamental Aplicada.
Área de Concentração 02: Psicologia Organizacional e do Trabalho.
AUDIT E O CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE UNIVERSITÁRIOS
Andressa Parente Bernardino (UFG-Jataí)
André Amaral Bravin (UFG-Jataí)
Este é um estudo epidemiológico e descritivo para a identificação do padrão de consumo de álcool entre universitários do município de Jataí (GO). Foi utilizado o AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test), instrumento que caracteriza o uso de álcool em quatro zonas: zona 1 (baixo risco); zona 2 (uso de risco); zona 3 (uso nocivo) e zona 4 (provável dependência). 441 estudantes de ambos os sexos (idade média de 25 anos; desvio padrão: 7.3), regularmente matriculados nas Instituições de Ensino Superior investigadas, responderam ao AUDIT. Comparando os padrões de consumo com zonas, abstêmios e uso moderado pertencem majoritariamente a zona 1 (33,7% e 37%, respectivamente); uso moderado e binge drinking (15,7% e 7,7%), e as zonas 3 e 4, abaixo de 2%. Não houveram evidências de padrões de consumo de heavy drinking. A relação entre sexo e zona demonstrou que 65% das mulheres e 35% dos homens estão na zona 1. Em contrapartida, na zona 4, houve uma inversão: 67% para homens e 33% para mulheres. Em resumo, Jataí espelha índices da média nacional quanto ao consumo de álcool, porém mantem abaixo quanto ao beber pesado episódico (binge).
Palavra-chave: AUDIT, Padrão de Consumo, Álcool, Universitário
Áreas de Concentração 01: Farmacologia e Toxicologia Comportamental.
Áreas de Concentração 02: Outros – Epidemiologia.
14:00 - 14:30
Apresentação do Canvas e formação das equipes
14:30 - 16:00
Elaboração do Canvas pelas equipes
16:00 - 17:00
Apresentação e eleição do melhor canvas pela banca de jurados
17:00 - 17:45
Coffee break